Marina Tsvetaeva (1892-1941)

Marina Tsvetaeva nasceu em Moscou em 1892 e, após uma vida condicionada por trágicas circunstâncias, suicidou-se em Kazan, em 1941. Filha de um filólogo ilustre, de origem plebéia, professor universitário e fundador do Museu Puchkin, e de uma musicista, de ascendência alemã, aristocrata, teve sua infância marcada, como ela mesma diz, pelo exemplo de dedicação ao trabalho e pelo culto à natureza (pai), ao mesmo tempo que pelo amor à música e à poesia (mãe). Aos dezesseis anos tem seu primeiro livro de poemas acolhido pela crítica (Volóchin, Briussov) como uma revelação.

A partir deste momento abandona seus estudos musicais e dedica-se
em definitivo à poesia. Conhece a fundo a lírica européia de seu tempo (especialmente a alemã e a francesa), mas são seus conterrâneos (Blok, Akhmatova, Biéli, Mandelstamm, Maiakóvski), a
Rússia e seus temas que suscitam a pujança de sua expressão poética.

Força e refinamento junto de uma intrigante angulosidade e diversidade de estilo e de argumento, aliados a uma expressão rítmica das mais felizes situam-na, na moderna poesia russa, entre seus últimos grandes representantes: Pasternak, Mandelstamm e Akhmatova.

Apresento aqui, numa tentativa de tradução, alguns poemas
seus que acreditei representativos.

Aurora Bernardine publicada na Revista ATRAVÉS 1 
de janeiro de 1983 - Editora Martins Fontes.

marina tsvetaeva

o poema

© copyright by vasco cavalcante